07 abril 2013

Rio bate o Osasco e ganha a Superliga Feminina de Vôlei

Foto: Editoria de Arte Globo Esporte

Nem o mais fanático dos torcedores acreditava, mas aconteceu. Depois de perder os dois primeiros sets, o que fez parecer que o resultado da decisão do ano passado, quando a equipe paulista venceu a carioca em pleno Maracanãzinho por 3 sets a 0, iria se repetir, a Unilever bateu a Sollys/Nestlé em uma virada histórica e conquistou o 8º título da Superliga Feminina de Vôlei, marcando 3 sets a 2, com parciais de 22/25, 19/25, 25/20, 25/15 e um acachapante 15/9.

Até mesmo o técnico Bernardinho, acostumado a decidir os títulos mais importantes da modalidade, estava preocupado, tanto que chegou a alertar sua equipe para o risco de um massacre, já que o time rival tem em sua formação cinco campeãs olímpicas. Mas tudo não passou de um susto. Com muita obediência tática, esforço e superação, as meninas do Rio/Unilever deram um show em quadra e apagaram dos rostos das jogadoras paulistas o sorriso de quem já se sentia com o título nas mãos. Com esse resultado, a equipe carioca aumentou cravou 6 a 3 nas nove finais consecutivas disputadas contra as rivais do Osasco/Sollys/Nestlé.

- Jogando, ponto a ponto, conseguimos acreditar que poderíamos vencer. Começamos a dominar o jogo. Nos preparamos bem e tínhamos algumas meninas que nunca tinham vivido isso. Tivemos muita consistência contra uma equipe da qualidade do Osasco - analisou Bernardinho.

Esta foi a quarta vez que uma final entre as duas equipes é decidida no tie-break, repetindo os dois confrontos da fase de classificação, quando as partidas foram disputadas em cinco sets, com uma vitória para cada lado.

O primeiro set começou com um bom saque de Natália, que Camila Brait não recepcionou bem, levando Jaqueline a falhar no passe. Mas as duas equipes, talvez pelo nervosismo da decisão, erravam muito, até que o Osasco conseguiu se arrumar em quadra e tomou o controle do jogo, chegando ao primeiro tempo técnico com 8 a 5 no placar. Na sequência do set, o Osasco conseguiu abrir seis pontos de vantagem (16 a 10), e apesar da reação da equipe do Rio, que chegou a empatar o jogo, fechou a parcial em 25 a 22.

O segundo set veio com um ace de Jaqueline. No ataque, Fernanda Garay aparecia bem no bloqueio, o que levou o Osasco a abrir quatro pontos de vantagem (16 a 12). O time de Bernardinho ainda tentou mudar o panorama do jogo, mas não teve jeito. Osasco 25 a 19.

Precisando reagir, a equipe do Unilever voltou para o terceiro set muito mais concentrada, e ao contrário das parciais anteriores, passou a liderar o placar e pressionar o Osasco, que começou a errar, tanto que o primeiro tempo técnico fechou com 8 a 6 para o time de Bernardo Rocha de Rezende.

Na sequência, a menina Gabi, de apenas 18 anos, que substituiu a craque Logan Tom, lesionada, liderou o time carioca, que chegou ao placar de 19 a 15, espantando toda e qualquer reação do Osasco. Sara Pavan também foi destaque naquela passagem, virando todas as bolas que recebeu e saindo como a maior pontuadora do set, com seis pontos. No último lance, um bloqueio espetacular de Valeskinha mostrou que Rio ainda respirava: 25 a 20.

Foto: Editoria de Arte Globo Esporte

A reação deu novo ânimo às meninas do Rio, que em um quarto set espetacular, não deu a menor chance às rivais do Osasco. Em um ritmo avassalador, puxado por Sarah Pavan, Natália e Juciely, o time de Bernardinho fechou o set em 25 a 15, empatou o jogo e levou a decisão para o tie-break.

Na parcial decisiva, muito concentrada, a equipe do Rio começou melhor, passando por cima, inclusive, do apoio da torcida laranja. Além de não conseguir parar Natália e Juciely, a equipe do Osasco tinha problemas no ataque, já que Sheilla, Garay e Jaqueline, muito bem marcadas, já não pontuavam. As cariocas, com destaque para Fabi, que não deixava a bola cair, e Natália, que acertava todos os ataques e vibrava muito, abriram quatro pontos (11 a 7). E foi justamente ela, Natália, que no último lance do jogo encheu a mão e fechou o tie-break: 15/9. A partir daí, a festa foi toda azul, com muitos beijos, abraços e as lágrimas naturais ao fim de uma competição tão desgastante como a Superliga Feminina de Vôlei. Parabéns às meninas do Rio/Unilever!




Sobre o Autor:
Carlos Roberto Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

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